sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Despedida

Queridos amigos,

Criei o blog do Play Tennis em Novembro de 2009. De lá para cá foram 195 posts e muitas histórias. Mas infelizmente o foco do meu trabalho dentro do Play Tennis e do Desfrutti foi mudando e ficou cada vez mais difícil sentar para escrever e até mesmo acompanhar o circuito. O que para mim foi triste, pois eu adorava fazer isso.

Mas há males que vem para o bem, e nesse caso será um grande bem. Deixarei meu lugar para uma pessoa muito mais competente, um profundo conhecedor do nosso amado esporte e um mestre que muito me ensinou nesses últimos três anos.

Sim, é ele mesmo, Glauco Pereira. Nosso coordenador técnico vai assumir o novo blog do Play Tennis a partir de Janeiro de 2013 e vai falar sobre os mais diversos assuntos do mundo do tênis. Ele já até escreveu seu post inaugural, mas com as festas de final de ano, vamos começar essa nova fase apenas depois da virada.

Não deixem de acompanhar, será sensacional e tenho certeza que todos apreenderam muito.

Fica aqui meu agradecimento a todos que acompanharam o blog nos últimos tempos. Sentirei saudades.

Aproveito para desejar um Feliz Natal e um 2013 maravilhoso a todos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Gillette Federer Tour - by Glauco Pereira


Caros amigos,

Como todos sabem, na semana passada aconteceu no Ginásio do Ibirapuera o “Gillete Federer Tour”, classificado por muitos como o maior evento de tênis-exibição da história. Grandes campeões masculinos, femininos e duplistas. Antes do evento, a promessa de muitas emoções para quem curte ou é apaixonado pelo tênis (como é o meu caso!!)

Jogadores do Gillette Federer Tour
Inicialmente comprei ingressos para os dois primeiros dias, mas depois do que vi, não resisti e fui no 3° e 4° dia.

Antes do evento, muita discussão em relação aos valores dos ingressos. Quero deixar “minha opinião” a respeito dos valores praticados: cada um sabe aonde aperta o seu calo, suas possibilidades e valores. Eu não pago R$200 numa garrafa de vinho, não pago R$150 para cortar meus cabelos e muito menos R$700 num relógio (imagine um Rolex?!), mas para ver o maior tenista da história, paguei R$1.600, o vi jogar 3 vezes e, faria tudo novamente. Inclusive me arrependo de não ter comprado no anel inferior, para vê-lo jogar mais de perto. Sem contar que para vê-lo, teria que ir à um Grand Slam, o que também não é a garantia de assistí-lo. Conheço muitos amigos e alunos que viajaram e não tiveram a oportunidade de vê-lo jogar. Nesse ano, quantos compraram ingresso para o torneio de Miami a partir das 4as e ele perdeu para o Roddick nas oitavas? Então, a oportunidade de vê-lo no quintal de casa não poderia ser desperdiçada.

 Antes de falar sobre a principal estrela do evento, gostaria de deixar minhas impressões sobre os tenistas que estiveram presentes:

Irmãos Brian: depois do Federer, foram os que mais me impressionaram. Adoro jogar duplas e eles são geniais. Completos tecnicamente, perfeitos taticamente e uma agilidade impressionante. Não são jovens (para o tênis), têm 1.91m e 1.93m, mas se deslocam com uma rapidez e facilidade incríveis. São extremamente agressivos e muito simpáticos também.

• Marcelo Melo e Bruno Soares: grandes duplistas, Soares principalmente. Numa grande fase, trarão pontos preciosos na Davis e ainda ganharão torneios importantes!

Federer e Haas
• Jo-Wilfried Tsonga: um grande jogador com um saque assustador. Só de pensar em devolver aquele saque, meu cotovelo dói!!! Tem um carisma enorme, mesclou grande jogadas com brincadeiras e “mexeu” com o público o tempo todo, um craque!!

• Tommy Robredo e Tommy Haas: dois grandes jogadores que infelizmente estão com uma idade mais avançada, mas ainda jogam um tênis de grande qualidade, principalmente o Haas. 

• Thomaz Bellucci: os altos e baixos de sempre. Impressionante a potência dos seus golpes, que inclusive incomodaram o Federer (não podemos esquecer que nesse ano   ele quase o suíço por 2 vezes). Porém, a falta de habilidade para os toques é surpreendente.

Mal acompanhado!
Caroline Wozniacki: extremamente simpática. Joga muito, porém das quatro meninas, para mim é a mais fraca, a que tem menos bola. Pelo que vi, acho difícil ganhar um Grand Slam. Chegou a número 1 pela regularidade.

• Maria Sharapova: já tinha visto jogar, é muito focada, muito agressiva e consistente, uma grande campeã, além de muito bonita e carismática.

• Victoria Azarenka: joga muito também e tem bola. É bem magrinha, foge um pouco do tipo pernas fortes que toda tenista tem. Muito simpática, acredito que terá grandes resultados na carreira.

• Serena Williams: para mim, a grande decepção. Entre todos os tenistas, a única que veio para “não jogar”. Andou em quadra e quando fez 5x4 e saque no 2° set, percebendo que jogaria mais um set, entregou sem a menor cerimônia, frustrante! Agora, dançar hip-hop com o bonequinho dos Correios, o fez com maestria!

Sobre o Federer, é difícil falar, mas em 33 anos de tênis jamais imaginei que alguém pudesse jogar tênis com tanta facilidade, com tanto talento e leveza. Somos privilegiados por viver em sua era. Será que haverá outro tenista com o mesmo talento? Além disso, sua simpatia, carisma, a forma como se comportou, se divertindo e interagindo com o público, foram sensacionais.

Um amigo que vive o Circuito profissional, confidenciou que ele é extremamente reservado, inclusive nas apresentações, mas que nunca o viu tão a vontade, brincando tanto como dessa vez. Claro que aí tem o componente “público brasileiro”, mas sua exibição contra o Tsonga deixou todos encantados.

O voo do mestre!
Ressalto também a humildade dos jogadores que o enfrentaram. Todos entenderam que ele era a razão para 10.000 pessoas estarem presentes no Ginásio. Criaram situações para que ele aflorasse todo seu talento. Um jogo-exibição lembra muito as partidas entre professores e alunos, só que nesse caso, o professor muitas vezes era o adversário e o aluno foi um “mestre”!!

Para não dizer que tudo foi perfeito, o Ginásio do Ibirapuera não atende um evento como esse. Precisamos urgente de modernas arenas multi-uso que trarão mais conforto e “menos calor” ao público pagante.

Finalizando, parabéns aos organizadores e patrocinadores pelo evento, tênis brasileiro agradece. Que venham outros e que o Brasil Open (em fevereiro próximo) consiga trazer grandes jogadores também.